A pixação é algo que mesmo a grande maioria da população discordando, está presente em todos locais de São Paulo, a cidade é definida por muitos do próprio movimento como ‘a capital do pixo’ e as letrinhas ou ‘códigos’ que vemos em todo lugar chega até a ser exposto como arte em países afora, o pixador de hoje em dia atua pela transgressão, ou seja, não está nem aí se é fora da lei ou não, apenas deixar sua marca para que seu próprio grupo ou até mesmo pessoas de fora que admiram possa ver onde sua presença pode chegar ou querer passar alguma mensagem (Seja de amor ou protesto).
Se formos definir a pixação como a inscrição em um muro ou propriedade pública/privada sem a permissão de ninguém, as primeiras marcas começaram nos anos 70, assim como as pixações de hoje em dia, com um nome que era desconhecido por muitos que liam a escrita, era o ‘Cão Fila k26’, que nada mais era uma publicidade sobre um senhor que vendia a raça brasileira Cão Fila no Quilometro 26 da Estrada do Alvarenga!
O mais legal é que ele utilizava métodos de propaganda totalmente diferentes do que se tinha na época, não anunciava em jornais, apenas pintando os muros pela cidade nos anos 70.
Aqui então conhecemos o Sr. Antenor Lara Campos, com o apelido de ‘tiozinho’, além de criador de cães da raça Brasileira Fila, já foi
campeão de halterofilismo, motonáutica e esqui aquático, baterista e pistonista.
Em uma caminhonete cheia de tintas, saía pela cidade deixando sua marca, vale lembrar que nessa época as Lojas Pernambucanas e algumas concorrentes faziam este tipo de publicidade, mas de forma ‘legal’, apesar disso, a inspiração de Sr. Antenor foi as propagandas políticas de Adhemar de Barros, que já tinham em muros na época.
O criador de Cães Fila afirmava que gostaria que os seus cães fossem ‘mais conhecidos que a banana’, em seu canil, localizado na época na Estrada do Alvarenga em São Bernardo do Campo, fundou por lá também a Associação de Criadores de Fila Brasileiro e chegou a cuidar de até 200 cães, é cachorro pra dédél!
Durante a ditadura, chegaram a achar que a inscrição era uma mensagem política. Foi a uma rádio negar, em entrevista, e aproveitou para declarar seu apoio ao regime.
Tiozinho morreu aos 87 anos de idade em 29 de abril de 2012, por falência múltipla dos órgãos, não chegou a ter filhos e nem se casar, apesar de ter sido mulherengo.
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