Na nossa série de comércios antigos, o primeiro será a Yabiku!
A Yabuki é um dos comércios mais antigos presentes na nossa região, nos anos 70, um de seus fundadores, Aruo Yabiku foi eleito presidente da sociedade Amigos do Jardim Miriam. Em 2005 ele deu uma entrevista para o Padre José Díllon (Da igreja do Miriam) para o livro de memórias do Jardim Miriam, falaram sobre a Sociedade de Amigos de Bairro do Jardim Miriam, que vamos falar futuramente aqui no nosso blog, abaixo segue a entrevista completa:
Antes de Iniciar a entrevista, vale uma observação sobre as Sociedades de Amigos de Bairro:
Eram grupos formados por moradores de cada região para reivindicarem seus direitos para a prefeitura, o Jardim Miriam teve o seu, que pediu muitas novidades para a região nos anos 60, entre eletricidade á reformas na Avenida Cupecê, pracinha, etc…
Pe. José – Fale um pouco sobre sua experiência na Sociedade Amigos do Bairro.
Aruo Yabiku – Quem organizou os estatutos dos amigos do bairro deve ter sido um político, mas foram muito bem feitos. A sociedade foi para mim uma escola maravilhosa. Quando entro numa entidade fico aí um tempo, logo estou sendo convidado para ser presidente ou um cargo de confiança e eu devo tudo isso a minha “formação” nos amigos de bairro. Tinha 26 anos quando entrei nos amigos de bairro, mais ou menos no ano 1970.
Pe. José – Parece que os jovens de hoje não querem aceitar um modelo para orientá-los e apesar de ter entusiasmo, se não tiver ordem, não haverá continuidade (Nas sociedades de amigos). Nossas reuniões, na igreja, não são formais, talvez por isso os resultados não são recebidos com seriedade.
Aruo Yabiku – Para uma reunião funcionar bem, precisa organizar um bom secretário(a) e um bom tesoureiro(a) e isto é um problema em qualquer entidade.
A ata da reunião dá um relatório do que aconteceu na última reunião, e assim aprovada ela fica para sempre para nos perguntar por que tal decisão foi ou não foi feita.
A prestação de contas do mês dá uma visão de como está a entidade. Se a ata atrasa ninguém lembra do que foi decidido na última reunião.
Pertenço a uma entidade bem antiga que ajuda moradores de rua e também gestantes pobres, mas ninguém sabia que era um estatuto ou uma ata. Na primeira reunião que participei, foi nomeado um advogado como secretário, mas ele não entendia como funcionavam entidades e nem de uma ata. Ele redigiu a ata. Eu falei que a ata somente pode ser aprovada, quando é redigida no livro da ata, e não de um rascunho. Porque o secretário depois, na hora de redigir a ata, pode escrever o que ele quer. Portanto a ata só deve ser lida para aprovação depois de ser transcrita no livro. Os participantes da reunião vão aprovar somente o que está no livro.
É neste momento que pode ser corrigido o que foi falado e o que não foi falado. É neste momento que a ressalva e pequenas correções são feitas.
Pe. José – Sempre exigi nas comunidades que a ata fosse feita, porque é a memória da comunidade. A história de como a comunidade enfrentou seus problemas e como os solucionou. A ata é necessária, mas quando não se faz cobranças, as lideranças não dão suficiente importância.
Aruo Yabiku – A organização das reuniões é importante também. O presidente senta na cabeceira da mesa para poder ver os participantes. Lá tem o comando de toda situação. São coisas que aprendi na Sociedades dos Amigos de Bairro. Parece que Deus conduz a gente para as nossas futuras necessidades.
Pe. José – Na Paróquia N. Sra. Aparecida, não temos uma eleição e nem uma diretoria na comunidade. Os representantes do conselho pastoral são apontados pelas equipes pastoral. As pessoas representam a pastoral, mas muitas vezes falham, porque não dão o devido valor para o seu cargo. Acho que se fossem eleitos pela comunidade teriam mais ibope.
Aruo Yabiku – Mas, padre, em qualquer entidade vai encontrar a mesma coisa.
Pe. José – A formação que você recebeu nos amigos do bairro deu-lhe uma estrutura que ainda ajuda no seu trabalho. Podemos agradecer a Rubens Luccats que foi responsável por colocar este sistema em prática e seguiu rigorosamente. Mas apesar de terem feito tanta coisa pelo bairro, ainda resta muita coisa para fazer. Há poucos espaços para lazer, para teatro, biblioteca, praças, etc. Como você vê isso?
Aruo Yabiku – Penso que nos estatutos dos amigos de bairro, preocupava-se com os problemas da luz, da saúde, da água, das escolas. Eram coisas de primeira necessidade. Estas outras coisas chegaram depois, mas agora os amigos de bairro estão nas mãos de uma entidade que se preocupa com a 3ª idade na alfabetização. Necessário sim, preocupar-se com toda vida social do bairro.
Pe. José – Como você vê a nossa igreja de N. Sra. Aparecida?
Aruo Yabiku – Bom, antes, ouvi que tinha muito fala de política na igreja. Veja, numa missa deve ter uma porcentagem que são do Maluf, outra que é do PT e outra de outros partidos. Quando as pessoas vão a igreja querem um pouco de consolo, paz e estímulo, para enfrentar a semana, não saem satisfeitas quando tiver muita fala de política. Já ouvi reclamações, mas desde que o senhor veio, não tenho ouvido este tipo de reclamação, o que tenho notado e que são os comentários hoje, é sobre o dinamismo da igreja, não só a parte religiosa mas principalmente nesta ajuda muito grande na parte social, cumprindo aquela verdadeira parte missionária, a parte cristã.
Eu, pessoalmente observo o trabalho que vem sendo realizado, e admiro demais, independentemente da população que frequenta. Claramente, tem aqueles que falam mal, mas nem Jesus conseguiu agradar todos. Tem que ficar muito agradecido pelo trabalho que o senhor realizou por aqui. Pela crise grande que a população passou o senhor conseguiu fazer muito.
Pe. José – Quero agradecer-lhe por esta entrevista e o seu apoio, e quero incluí-lo no livro lembrando que você faz parte da história deste bairro.
Aos poucos, vamos colocando todos os assuntos do Livro do Jardim Miriam aqui no blog, escrito pelo Padre José Dillon da Paróquia N. Sra. Aparecida do Jardim Miriam!
O comércio Yabiku!
Em 2 de janeiro de 1964, os irmãos Yabíku criaram a Yabíku Materiais de Construção, escolhendo como sede para o empreendimento a avenida Cupecê, nº 5.756, Jardim Miriam em uma área de 600m². Com simplicidade e perseverança assim iniciou-se nossa ascendente história.
Em 1974 o sucesso de nossa loja levou-nos a expandir nossa área total para 2.000m² com aquisição de um terreno de 1.400m².
Em 1979, uma grande reforma foi feita com o objetivo de aproveitar melhor todo o espaço. A área de vendas foi ampliada de 65m² para 200m², além de mais 800m² reservado para os estoques. Nesse mesmo ano inauguramos nossa filial também localizada no Jd. Miriam com o objetivo de atender um número ainda maior de clientes.
Durante as décadas de 80 e 90 o País enfrentou turbulências econômicas e políticas, porém nós da Yabíku continuamos firmes em nossos objetivos, pois sempre acreditamos na missão da empresa.
Em 2000 começamos a passar por algumas mudanças para poder continuar crescendo em um mercado cada vez mais competitivo, e assim, Auro Sandro Russo Yabíku assumiu a diretoria operacional da empresa.
Nova Fase
Nesta nova fase, o perfil da loja que era voltado para o básico, elétrica e hidráulica tornou-se mais agressivo e inovador buscando também o setor de acabamento e tornando-se uma loja completa.
Em 2002 aumentamos a área de venda para 250m² e construimos mais um estoque de 100m², informatizamos toda a loja e começamos a colher os frutos da mudança.
Em 2004 idealizamos um grande projeto, que começou a tornar-se realidade em 2005 com a construção de um galpão de 500m².
Em fevereiro de 2006 fizemos uma grande reestruturação da loja. Ampliamos a área de vendas para 500m² e estacionamento exclusivo para clientes. Neste mesmo ano percebemos que estávamos pronto para uma nova fase de crescimento, que ultrapassaria os limites da loja atual.
Em 2008 foi criado a Soma Atacadista que oferece mais de 2.000 produtos aos lojistas de toda Grande São Paulo. Ela tem um atendimento diferenciado e produtos de alto giro, pois sabemos das dificultados do pequeno varejo e temos o cuidado de colocar na linha somente produtos capazes de satisfazer o consumidor final e ainda deixar uma lucratividade expressiva para nosso parceiro.
Além dos Limites
Foi em 2010 que demos nosso próximo passo, a instalação de uma filial, desta vez maior e mais estruturada, na Estrada do Alvarenga, próximo da divisa de Diadema. E o sucesso desta nova loja levou a Yabíku a aumentar seu estoque significativamente e executar seu passo mais ambicioso, um sonho que foi realizado neste mesmo ano: um grande Centro de Distribuição (CD) localizado em uma área de 6.000m², com um galpão de 2.000m² e área administrativa com mais 600m². Assim, pudemos oferecer aos nossos colaboradores melhores instalações e para os nossos fornecedores e clientes o maior estoque da região. Além do CD, aproveitamos sua ótima localização e no mesmo endereço instalamos nossa 3ª unidade.
Em 2013 aproveitamos toda a estrutura operacional que o grupo possui, para fazer uma grande reforma na loja matriz, onde toda essa história começou. Hoje, nossa matriz conta com 1.300m² de área de venda e estacionamento para 20 carros, tornando-se assim a loja mais moderna da região!
Em apenas 7 anos, com a expressiva ampliação da matriz, a implantação de duas filiais, um CD e um atacado, o agora Grupo Yabíku emprega mais de 80 colaboradores diretos, promovendo também o crescimento regional.
Assim, além de toda esta estrutura, aliada a uma excelente equipe de colaboradores que preza o amor ao próximo e honestidade acima de tudo, poderemos continuar nesta trajetória ascendente, como fazemos desde 1964, oferecendo aos nossos clientes nossos 50 anos de tradição a um preço justo e aos nossos fornecedores uma confiável parceria em trabalhar com a loja mais tradicional da região.
As informações do comércio foram pegadas do Site oficial da Yabiku!